Jesus Cristo sabia que ele era Deus. Então, acorde e descubra finalmente quem você realmente é. Claro, em nossa cultura, dirão que você é louco e blasfemo, e te colocarão na prisão ou em um hospício (o que é praticamente a mesma coisa). No entanto, se você acordar na Índia e contar aos seus amigos e parentes: “Meu Deus, acabei de descobrir que sou Deus”, eles rirão e dirão: “Oh, parabéns, finalmente você descobriu.”

A ideia agressiva e completamente ilógica de uma única religião para toda a humanidade, uma religião universal pela própria força de sua estreiteza, um único conjunto de dogmas, um único culto, um único sistema de cerimônias, uma única ordem eclesiástica, um único conjunto de proibições e imposições que todas as mentes devem aceitar sob pena de perseguição pelos homens e rejeição espiritual ou punição eterna por parte de Deus, essa criação grotesca da irracionalidade humana que tem sido a mãe de tanta intolerância, crueldade, obscurantismo e fanatismo agressivo, nunca conseguiu tomar firme controle da mentalidade indiana.

O Ocidente ainda não descobriu nada tão higiênico quanto o palito de dente indiano.

Onde em qualquer sociedade há muitas leis, é um sinal certo de que essa sociedade logo morrerá. Se você estudar as características da Índia, descobrirá que nenhuma nação possui tantas leis quanto os hindus, e a morte nacional é o resultado.

Você apenas sonha que anda por aí. Em poucos anos, sua estadia na Índia parecerá um sonho para você. Você sonhará outro sonho nesse momento. Perceba que não é você quem se move de sonho em sonho, mas os sonhos fluem diante de você e você é o testemunho imutável. Nenhum acontecimento afeta o seu verdadeiro ser – essa é a verdade absoluta.

Cada um de nós ora, dia e noite, pelos milhões oprimidos na Índia, que estão presos pela pobreza, pelo sacerdócio e pela tirania – ore por eles dia e noite. Não sou um médico, nem um filósofo, nem um santo. Mas sou pobre, amo os pobres... Deixe essas pessoas serem seu Deus - pense nelas, trabalhe por elas, ore incessantemente por elas – o Senhor mostrará o caminho.

Em cada homem e em cada animal, por mais fraco ou perverso, grande ou pequeno que seja, reside a mesma alma onipresente e onisciente. A diferença não está na alma, mas na manifestação. Entre eu e o menor animal, a diferença está apenas na manifestação, mas como princípio ele é o mesmo que eu, ele é meu irmão, ele tem a mesma alma que eu. Este é o maior princípio que a Índia pregou.

Entre comigo no sofrimento, não só do povo da Índia, mas do mundo inteiro. A não-violência é uma luta mais ativa e real contra a maldade do que a retaliação, cuja própria natureza é aumentar a maldade. Não é uma arma dos fracos. É uma arma dos mais fortes e corajosos.

Na Índia há uma história de um jovem moribundo que, ao ouvir os soluços de dor ao seu redor, gritou: "Não me insulte com seus gritos de simpatia. Quando eu subir para a terra da luz eterna e do amor, sou eu quem deve sentir por vocês. Para mim, doença, fraturas nos ossos, tristeza, dores lancinantes já não existem. Eu sonho com alegria, deslizo em alegria, respiro alegria para sempre."

A espiritualidade é, de fato, a chave mestra da mente indiana; o senso do infinito é nativo nela.

A espiritualidade é a chave mestra da mente indiana. É essa inclinação dominante da Índia que dá caráter a todas as expressões de sua cultura. Na verdade, elas cresceram a partir de sua tendência espiritual inata, da qual sua religião é uma manifestação natural. A mente indiana sempre percebeu que o Supremo é o Infinito e percebeu que, para a alma na Natureza, o Infinito deve sempre se apresentar em uma infinidade de aspectos.

Seria um dia triste para a Índia se ela tivesse que herdar a escala inglesa e os gostos ingleses, tão totalmente inadequados ao ambiente indiano.

A alma da Índia vive em suas aldeias.

Na Índia, o yoga flui no sangue das pessoas.

Todas as religiões abrahâmicas são religiões teístas centradas em Deus. E, como este é o único tipo de religião ao qual o Ocidente está acostumado, eles acham algo como o budismo muito confuso. Como você pode ter uma religião sem Deus? Enquanto na Índia isso não é nenhum problema. O budismo existe lá há 2500 anos, o jainismo até antes disso... No budismo, não se fala sobre Deus. É abertamente agnóstico. No jainismo, também não se fala sobre Deus.

Para fazer uma grande Índia no futuro, todo o segredo está na organização, acúmulo de poder e coordenação das vontades.

A lírica ajuda a invocar a pessoa central. E, sem lírica, é difícil tocar o núcleo. A música lírica é a música da Índia.

Se a Índia for sobreviver, ela deve ser rejuvenescida. Devem ser derramados nela fluxos de energia que correm e ondulam; sua alma deve se tornar, como foi nos tempos antigos, como as ondas, vasta, poderosa, calma ou turbulenta à vontade, um oceano de ação ou de força.

A religião é a peculiaridade do crescimento da mente indiana.

A grande aventura é reivindicar seu ser autêntico e verdadeiro, que não é dado pela cultura. A cultura não vai te explicar como ser um ser humano real. Ela vai te dizer como ser banqueiro, político, chefe indígena, massagista, atriz, seja o que for, mas não te dará o ser verdadeiro.

Os antigos iogues descobriram que o segredo da consciência cósmica está intimamente ligado ao domínio da respiração. Esta é a contribuição única e imortal da Índia ao tesouro mundial do conhecimento. A força vital, que normalmente é absorvida para manter o coração a funcionar, deve ser libertada para atividades superiores por um método de acalmar e silenciar as exigências incessantes da respiração.

Acima de tudo, a Índia é a terra da religião.

Entrei em contato com todos os anarquistas indianos conhecidos em Londres. Sua bravura me impressionou, mas senti que seu zelo estava mal orientado. Senti que a violência não era um remédio para os males da Índia e que sua civilização exigia o uso de uma arma diferente e mais elevada para autodefesa. - Hind Swaraj