Quando temos o corpo e a mente em ordem, tudo o mais existirá no lugar certo, da maneira certa. Mas, geralmente, sem percebermos, tentamos mudar algo fora de nós; tentamos organizar as coisas fora de nós. Mas é impossível organizar as coisas se você mesmo não estiver em ordem. Quando faz as coisas do jeito certo, na hora certa, tudo o mais será organizado.

Se você não pode se curvar ao Buda, não pode ser Buda. Isso é arrogância.

E devemos esquecer, dia após dia, o que fizemos; isso é verdadeiro desapego. E devemos fazer algo novo. Para fazer algo novo, claro, devemos conhecer nosso passado, e isso está bem. Mas não devemos continuar agarrados a nada que fizemos; devemos apenas refletir sobre isso. E devemos ter uma ideia do que devemos fazer no futuro. Mas o futuro é o futuro, o passado é o passado; agora devemos trabalhar em algo novo.

Se o iluminamento vem primeiro, antes do pensamento, antes da prática, seu pensamento e sua prática não serão egoístas. Por iluminação, quero dizer acreditar em nada, acreditar em algo que não tem forma ou cor, que está pronto para tomar forma ou cor. Essa iluminação é a verdade imutável. É sobre essa verdade original que nossa atividade, nosso pensamento e nossa prática devem ser baseados.

Em vez de respeitar as coisas, queremos usá-las para nós mesmos e, se for difícil usá-las, queremos conquistá-las.

Nada fora de você pode causar problemas. Você mesmo cria as ondas em sua mente. Se deixar sua mente como está, ela se tornará calma. Essa mente é chamada de mente grande.

O Zen não é um tipo de excitação, mas sim a concentração na nossa rotina diária habitual.

A vida sem zazen é como dar corda no seu relógio sem ajustá-lo. Funciona muito bem, mas não marca a hora.

Porque não podemos aceitar a verdade da transitoriedade, sofremos.

Quanto de "ego" você precisa? Só o suficiente para não ficar na frente de um ônibus.

Parar sua mente não significa parar as atividades da mente. Significa que sua mente permeia todo o seu corpo.

É somente praticando através de uma sucessão contínua de situações agradáveis e desagradáveis que adquirimos forças reais. Aceitar que a dor é inerente e viver nossas vidas a partir desse entendimento é criar as causas e condições para a felicidade.

Se estiver chovendo lá fora, não ande rápido, porque está chovendo em todo lugar.

O objetivo de estudar o budismo não é estudar o budismo, mas estudar a nós mesmos. É por isso que temos ensinamentos. Mas o ensinamento não somos nós. É uma explicação de nós mesmos. Estudar o ensinamento é conhecer a si mesmo. Por isso, nunca nos apegamos ao ensinamento nem ao mestre. No momento em que você encontrar um mestre, deve deixar o mestre e ser independente. Você quer um mestre para poder ser independente. Então você estuda a si mesmo. Você tem o mestre para si, não para o mestre.

Momento após momento, dedique-se completamente a ouvir sua voz interior.

A vida é como entrar em um barco que está prestes a zarpar para o mar e afundar.

O ensinamento que está escrito no papel não é o verdadeiro ensinamento. O ensino escrito é uma espécie de alimento para o seu cérebro. Claro, é necessário alimentar o cérebro, mas é mais importante ser você mesmo praticando o caminho correto da vida.

Normalmente, quando alguém acredita em uma religião específica, sua atitude se torna cada vez mais um ângulo agudo apontando para fora de si mesmo. No nosso caminho, o ponto do ângulo está sempre voltado para nós mesmos.

Na mente do iniciante há muitas possibilidades, na mente do especialista há poucas.

Você não pode marcar um encontro com a iluminação.

Quando as restrições que você tem não o limitam, isso é o que queremos dizer com prática.

Quando você entende uma coisa completamente, entende tudo.

A prática da mente Zen é a mente do iniciante. A inocência da primeira pergunta—quem sou eu?—é necessária em toda a prática Zen. A mente do iniciante é vazia, livre dos hábitos do especialista, pronta para aceitar, duvidar e aberta a todas as possibilidades. É o tipo de mente que pode ver as coisas como elas são, que passo a passo e em um flash pode perceber a natureza original de tudo.